quarta-feira, 11 de novembro de 2009

" Os maridos acham que a gente é de ferro?"...

" Os maridos acham que a gente é de ferro?"...
RECEBI ESTE EMAIL HOJE DE UMA MULHER, QUE CONSIDERO UMA DAS MAIS QUERIDAS IRMÃS DE ALMA( se posso chamar assim,pelo carinho que sinto por ela, maior do que seriam os obrigatórios laços de sangue) ....

" Oi Vera
Bom, com essa estória, vi que não sou só eu que corre como uma louca e ouve um monte de bobagens do marido.
Aliás, estou bem perto de dar uma de Belinha! Só não rodei à bahiana ainda, porque tenho muitas responsabilidades.
Lamentavelmente, de uma forma ou de outra, nós mulheres sempre ouvimos desaforos, mesmo que não sejam relacionados ao corpo, como no meu caso. Acho que esses maridos acham que a gente é de ferro e nosso ouvido é uma privada, não é mesmo?

Estou fazendo esse desabado, porque nos últimos tempos (já até perdi a conta de quanto), a correria tem sido tão intensa que nem refletir sobre a morte de um familiar ou até mesmo tentar dar meu último adeus, tive condições de fazer. E o pior, tendo de suportar o mau humor do maridão que tb, por estar sobrecarregado, resolve achar que pode dizer o que bem entende p/ mim, e que, na verdade, deveria estar dizendo a ele mesmo, etc.
Nossa, acho que por essas e por outras é que as pessoas se inclinam a arrumar um amante. Aliás, que por sinal só deve ser interessante enquanto não começa a fazer exigências, não é mesmo?

beijos"

3 comentários:

  1. Também resolvi botar a boca no mundo, desabafar, partilhar , se não, ia ficar maluquinha de pedra. Já gasto toda minha energia e chego ao meu limite, convivendo com o meu homem amado, que é tão sério, crítico e de poucas palavras(que muitas vezes me interrompe quando converso com alguém, pra dizer tudo que não disse qdo. estávamos sós). Por isto, é difícil conseguir ainda agüentar uma cópia dele (briguenta,individualista, crítica,orgulhosa e que, ainda por cima, consegue fazer de conta que eu não existo, na minha própria casa).Ela é excelente companheira p/ meu filho, não precisa ser pra mim! Tem, com certeza, qualidades boas quanto meu marido, mas eu não agüento 2 egocêntricos ( ou 3) uma vez que não sou de ferro e também estou carente. Com certeza vou magoá-los também, por estar sentindo as coisas deste modo.
    Tentei ,com todos os meus poros, mas não consigo e resolvi falar com meu filho( e filho, tá habituado a receber). É uma situação super delicada(REZE POR MIM, p/que eu consiga não magoá-lo muito). Tenho que finalmente assumir que, vivendo com um homem como meu marido, tendo convivido com minha mãe, nos 2 anos de sua doença, cheguei ao meu limite que é:" ASSUMO QUE PRECISO TAMBÉM DE ATENÇÃO E NÃO CONSIGO VIVER COM MAIS NINGUÉM, que passe por cima de mim ou converse quase nada comigo , só porque acha que quer ser independente". Não sou contra, mas então, vá morar sozinha!!!Querer conviver num grupo e ao mesmo tempo ser individualista ao extremo, é impossível. Este pessoal adora me contar coisas(porque sei ouvir) e pedir ajuda( porque sabiam que podiam contar comigo), mas quando eu preciso ser ouvida ou incentivada, ou respeitada, neca de pitibireba ????

    Não consigo ser indiferente com quem está ao meu lado, sou compassiva, gentil ( enquanto não me forçam engolir uma jaca), então, porra, que insensibilidade e moleza é esta comigo mesma,que me deixo consumir, por estar aturando gente orgulhosa, grosseira e nada generosa? Sou masoquista? Não!! Mas esta minha tentativa de espiritualizar-me, acaba fazendo as pessoas crerem ou que sou cínica, ou que quero me fazer de boazinha! E isto me deixa puta da vida!! P. QUE P.!! O fato de receber pouca atenção, me deixa carente e brava. Aí, a bola de neve cresce.

    Foi isto que Deus quis me mostrar e eu só vi agora!! "Não vou ser perfeita nunquinha!! Nem você ! Desiste!" Se eu era um anjo, deixei minhas asas por lá, quando nasci e esqueci todo “b a ba”.
    Você sabe quanto eu amo meu marido e filhos(família), mas é bom desabafar para poder seguir em frente. Não precisamos( nós duas) pensar que podemos resolver tudo, tudo, mas tudinho mesmo, sozinhas, né?
    Os homens conseguem falar as coisas e ficar bem, desconfio que é porque são feitos de um material ligeiramente diferente do nosso. Falam o que lhes vem a cabeça e depois, viram a página e após assistir futebol, nos perguntam, como se nada houvesse, se não está na hora do lanche... A gente não! Ouve o que não quer, vomita o veneno que se sentiu forçada a engolir e então se arrepende, ou come uma barra de chocolate, ou se serve de outro vício como comida, bingo, etc..
    Por isto, fica à vontade no blog -e participe, quando quiser.
    Não escrevo para que todos me ouçam. Com tantas mudanças de residência que fiz, blogar é como encontrar uma amiga, super legal que ta sempre lá pra me ouvir os desabafos e reflexões. Solidão a 2 ou a 4 faz isto, mas internet ta aí pra ajudar a curar (terapia sibernética).
    Quanto a pessoa da família que você perdeu, não se preocupe, não se cobre. Quando chegar a hora você chora... e talvez mais por você mesma, ou por pena da vida que ele teve, do que por sua morte.

    Beijo.

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  2. NOSSA AMIGA ESSE SEU BLOG FALOU TUDO QUE EU ESTOU SENTINDO DESABAFEI AGORA.

    BJS MARTHA

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  3. Beijos pra você também, Martha!
    Que bom seria que a gente pudesse escrever cartas pra desabafar e esperar algum tempo antes de enviá-las, não é? Porque, como já comentei, as vezes a gente, que não é perfeita, só precisa desabafar, quando o outro não nos reconhece ou a gente se decepciona quando esperou demais dele ( entenda-se por outro, amigos/as, familiares, marido).
    Pensar, contar até 10 antes de desabafar, também é bom. Fiz muito isto. Não acho que a franqueza é algo que nos dê licença para ficar "vomitando" sôbre o outro, tudo o que sentimos, logo no momento em que sentimos. Temos responsabilidade com nossas palavras, com o efeito que causam e é bom quando conseguimos ponderar, antes de agir feito um rolo compressor.
    Contudo, às vezes, não devemos calar...quando a convivência está difícil, por limites nossos e do outro, cabe a ambos tentarem consertar, aprender a tolerar. Não podemos ficar com tudo nos ombros, porque cedo ou tarde, acabaremos assustando o outro com nosso desabafo! E é uma pena. Então,é bom se calar, ponderar no que é prioritário, mas não deixar que outro desrespeite o divino que há em nós e merece ser respeitado!
    É melhor colocar cartas na mesa, do que esperar "encher o coração" de tristeza ou raiva, porque será isto que vai transbordar!
    Beijos, Vera.

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