quarta-feira, 18 de novembro de 2009

" Pra não dizer que marido não escreve Palavras de Amor..."



Às vezes, quando a gente fica triste, parece se "desmanchar", como quem entrega os pontos. Então, de repente, uma surpresa... o marido, meio sem graça, assim meio sem jeito, me diz: - Escrevi uma coisa pra você. Está ali na mesa do terraço.Vai ler !
Queria saber porque os homens ficam tão sem jeito, quando percebem que a gente está fragilizada.Por que eles não cuidam da gente, pelo menos um pouquinho? Por que eles não podem vir trazer o abraço, o conforto ou uma demonstração de carinho? POR QUE, É A GENTE QUE TEM QUE IR BUSCAR ? Talvez porque fiquem aflitos, e a seu modo,queiram nos ver reagir - é como se dissessem : "Trouxe um doce pra você,vai lá buscar, reage!" Eu quase desisti de ir. Estava com aquela vontade de ficar, ali mesmo, quietinha... mas fui.E sentei.. e, antes mesmo de ler... reagi.
- " Hei amor,você escreveu mesmo pra mim, ou é apenas mais um poema?"
- " Foi pra você, sim. Vai ver, leia!"
- " Então, escreve meu nome aí, tá bem?"
Compreendam, eu acabara de desabafar para ele, o quanto sentia falta de ter recebido, pelo menos um gesto de carinho ou reconhecimento, de alguém que eu havia ajudado e tentado agradar, por longo tempo.Eu acabara de reconhecer, naquele momento, que ele tinha razão quando me dissera, dias atrás, que eu enfeito um pouco as coisas e nem sempre quero ver a realidade. Então, não estava com ânimo também, para ter que agradecer, por algo que podia nem ser dirigido a mim.Agora, eu queria tudo ou nada! Não queria pecar por excesso de fé ( ou carência), e não queria premio de consolação.
Vocês podem entender isto, não?
E ele escreveu - para Vera - no final do poema, depois de sua assinatura e data. Valeu a pena ! Agora, tenho um poema de amor,escrito por ele, pra mim:

Nascer... Crescer...Viver...
Tocar sua pele, beijar tua boca
Afagar teus cabelos...
Olhar teus olhos,
mergulhar em sua cor azul
e poder dizer, no aconchego do teu colo:
" TE AMO DEMAIS".
É pouco ainda
me sinto devedor
do grande amor, que de você emana,
em minha direção.

...........
nov.2009
PARA VERA.

Nem preciso dizer,não é? me "desmanchei" outra vez...entreguei os pontos... mas agora, de uma forma tão diferente e terna.... ( mulher é bicho bôbo, né ? )
Se você quiser partilhar um poema ou palavras de amor que tenha recebido, sem esperar, envie p/ o email : cartaspradesabafar@gmail.com . Vai ser um prazer publicar aqui.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

" Como,apesar do Amor, a gente tem que se afastar..."

Como, apesar do amor e desejo de ficar juntos, as pessoas tem que se afastar...”

Depois de escrever uma carta que não entreguei, desabafando o que ocorreu em casa, pude tomar uma decisão. Hoje, meu filho está procurando um flat para se mudarem. Espero que o amor prevaleça e o tempo cure as feridas.
Durante um jogo, ele disse que não se sentia respeitado ou considerado um igual, entre os homens da família ( pai e irmãos)!
Talvez , por sentir-se solitário durante algum tempo, acabou por exigir muito de nós, não relevando nossas imperfeições.
Ao mesmo tempo, sei que nós o esperávamos de braços abertos.
Eu lhe guardava um abraço terno e carinhoso, com o qual o recebi, e também àquela que ele escolheu para ser sua companheirinha.
Como isto foi acontecer? Como chegamos ao ponto de pensar que é melhor nos separarmos, para tentar preservar ainda o que resta do relacionamento entre nós e eles?
Por que ele se calou, se afastou de nós, como se quisesse nos punir ? Que mal lhe fizemos, apesar de nosso amor ? Sua jovem mulher se fechou para nós, em todos os momentos que não estava bem, seja por nossa presença em sua vida, seja por motivos que nada tinham a ver conosco! Quando ela chegou, tinha o coração carregado de raiva e mágoa contra seus pais, irmãs e cunhados, com quem brigou por causa de meu filho. Nos tratou com desprezo e me feriu com sua indiferença. Vi, meu filho, tornar-se cego para nosso amor e pouco a pouco, indiferente, depois de ter esperado de nós, mais do que pudemos dar, pois parecia nos querer perfeitos ou conformados a um modelo que ele esperava que nos amoldássemos! Agora percebo que, ele também pode estar se afastando de nosso convívio, por acreditar que deve isto a ela.
Deste modo, eles se unem contra todos! Contudo, há uma diferença fundamental entre o que ocorreu nas duas famílias. A família dela, não aceitou o modo como queriam viver seu relacionamento e rompeu com ela. Mesmo assim, ele tentou convence-la a não se afastar da mãe e irmãs.
Nossa família, embora não concordasse com tudo, os aceitou, mesmo assim, pois antes de os recebermos, discutimos e concordamos que o amor tinha que ser superior a preconceitos. Contudo, não conseguimos ficar imunes ao desinteresse dela por nós, ou à raiva que demonstrava a cada vez que discordávamos de algo que ele dizia. Ela, e finalmente eles dois juntos, rompem com todos que discordam dele. E ela, ao contrário das mulheres que por amor, ajudam o homem a não levar tão à sério, pequenas discussões familiares, e tentam manter os laços, é a primeira a querer desatá-los, com sua atitude beligerante.
Pouco a pouco, nestes 11 meses que os recebemos em nossa casa, parecíamos estar numa competição de forças – ela e nós, ou “minha família (dela), não é pior que a sua está sendo!” O premio, seria ele?
Como mãe, eu sabia que não havia razão para uma batalha deste tipo, pois o amor à mãe, pai, irmãos,deixa os homens em paz, e o amor que nutrem por uma mulher, passa a ser a razão de sua vida! Assim é com as mulheres também. Estes dois tipos de amor, não precisariam se opor, jamais, porque são diferentes e não se contrapõem! Mas não foi assim.
Sua mulher, por algum motivo que me escapa, talvez tenha pensado que ia perde-lo para nós... os pais, os irmãos, as cunhadas. No início, todos cedemos, pois os sentíamos carentes. Contudo, o tempo passou e nossa carência também clamou por ser satisfeita, uma vez que passamos a nos sentir como intrusos em suas vidas. Criticados, não éramos aceitos e respeitados peloslimites, que também temos. A batalha foi difícil e, eu desisti dela (não dele- é meu filho pra sempre).
Deste modo,tive coragem de pedir-lhe que encontre “ seu cantinho” para viverem sua vida a dois, com a liberdade que todo casal quer ter, devolvendo-me também a minha vida, com o direito que tenho às minhas imperfeições e chatices, mesmo sendo mãe. Assim, todos nós teremos ainda uma outra chance, de curarmos as próprias feridas e cultivarmos o relacionamento com a família maior, se assim o quisermos.
Espero que, em breve, ela compreenda que não poderá manter um homem ao seu lado, só por mostrar-se a única em quem ele pode confiar, e volte a relacionar-se com sua mãe, pois esta falta, talvez esteja a causar-lhe um vazio, que será difícil de ser satisfeito.
Espero que, logo, ele compreenda que nós o amamos e não desistimos dele... e que, pra mim, é mais fácil e possível enfrentar uma ausência, do que a presença marcante, que jamais pode passar despercebida, da indiferença.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

" Os maridos acham que a gente é de ferro?"...

" Os maridos acham que a gente é de ferro?"...
RECEBI ESTE EMAIL HOJE DE UMA MULHER, QUE CONSIDERO UMA DAS MAIS QUERIDAS IRMÃS DE ALMA( se posso chamar assim,pelo carinho que sinto por ela, maior do que seriam os obrigatórios laços de sangue) ....

" Oi Vera
Bom, com essa estória, vi que não sou só eu que corre como uma louca e ouve um monte de bobagens do marido.
Aliás, estou bem perto de dar uma de Belinha! Só não rodei à bahiana ainda, porque tenho muitas responsabilidades.
Lamentavelmente, de uma forma ou de outra, nós mulheres sempre ouvimos desaforos, mesmo que não sejam relacionados ao corpo, como no meu caso. Acho que esses maridos acham que a gente é de ferro e nosso ouvido é uma privada, não é mesmo?

Estou fazendo esse desabado, porque nos últimos tempos (já até perdi a conta de quanto), a correria tem sido tão intensa que nem refletir sobre a morte de um familiar ou até mesmo tentar dar meu último adeus, tive condições de fazer. E o pior, tendo de suportar o mau humor do maridão que tb, por estar sobrecarregado, resolve achar que pode dizer o que bem entende p/ mim, e que, na verdade, deveria estar dizendo a ele mesmo, etc.
Nossa, acho que por essas e por outras é que as pessoas se inclinam a arrumar um amante. Aliás, que por sinal só deve ser interessante enquanto não começa a fazer exigências, não é mesmo?

beijos"

terça-feira, 10 de novembro de 2009

" Memorando de Deus ..."

Recebi esta mensagem escrita em meu email, outro dia.
E aqui vão os trechos de que mais gostei !





                         

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

" Carta pra minha Nora..."


                                                             
- " CARTA PRA MINHA NORA"    
" Você é nora..portanto..sou sogra(hii!.)

 
    Amizade requer lealdade,carinho,cuidado e disponibilidade p/crer no outro.
    Amizade requer confiança p/ crer no que o outro diz, mais do que no que achamos que o outro quis dizer!
   Dá trabalho..Requer empenho e nós estamos construindo isto juntas.(não é lorota não!..)sabemos o valor deste tesouro!
Uma boa amizade, nos faz uma pessoa melhor !
Conviver com você, em seus momentos de alegria, me faz feliz !
Após tantos anos, vivendo com e p/ homens (filhos e marido amado),conviver com você me permitiu intimidade com uma figura feminina, que me trouxe um espelho..Voltei no tempo e olhei com carinho,como nunca antes, p/ a jovem mãe que fui um dia.
Então, com o mesmo sentimento amoroso que a abracei, em seus momentos difíceis, tomei a mim mesma em meus braços e num abraço, acolhi com amor a jovem mulher e mãe que fui e está pra sempre, dentro de mim. Pude ser generosa, porque você também é.
Sabe ser forte.. e doce...
Seja muito Feliz, minha querida Lika. Te amo.
Beijo, Vera."

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

" Após o DESABAFO DE SOGRA, eu me pergunto?"

DEPOIS DESTA DESABAFO DE SOGRA, me pergunto :
" Até que ponto, uma mãe como esta, tem que fazer tudo sempre, pra manter a paz da família, hein???”
“Até que ponto, nós adultos, acusamos nossa mãe de estar nos tratando como crianças e, esquecemos de que somos adultos agora e podemos ser também provedores para ela ( para os pais ! )... provedores de carinho e respeito ?
Se continuamos na atitude de “mamar”, como ao mesmo tempo nos mostramos tão sensíveis e ofendidos porque nossos pais não nos tratam com igualdade e respeito? Quando vamos agir como adultos amáveis com eles, dando mais e cobrando menos,proporcionando-lhes o prazer de poder agora, finalmente apenas nos amar, sem educar, pois já somos, supostamente, bem grandinhos e não precisaríamos receber bronca? Porque, acreditem, nesta altura da vida, com 60 anos ou mais, os pais e mães apenas querem um pouquinho de nossa atenção e carinho, e poder nos dar o seu amor, enquanto ainda estiverem aqui. Será que uma mãe que foi legal tanto tempo, merece aos 60 anos precisar ser desagradável para ser ouvida, e ser criticada por isto, bem quando poderia começar a receber demonstrações de amor do filho adulto?"
" É a opinião mais sincera, amiga, do fundo do meu ser ... que vem lá do osso, como diz meu adorado netinho! "

" Carta...é mesmo uma Terapia !"

" Carta...é mesmo uma Terapia !"
" Escrever a carta ontem, só pra desabafar, foi uma terapia! Coisas se acumulam e  fazem a gente pensar ou agir como não é hábito. Disse o que me doía, sem medo de brigas, de ser criticada por ser humana, imperfeita e ter limites. Reler o desabafo me fez ver que, embora  meu nível de tolerância seja alto, quando chega no meu limite,sou igual a todo ser humano inseguro, que quer ser amado, reconhecido e, quando é frustrado repetidamente nesta  necessidade, acaba perdendo as estribeiras mais cedo ou mais tarde. Mãe não precisa ser perfeita!"
" Por isto, escrever só pra desabafar é bom! Imagine dizer tudo o que a gente sente, na hora e a cada vez que sente, para as pessoas com as quais quer conviver! Seria impossível e injusto! Na maior parte das vezes, tento primeiro trabalhar comigo mesma a emoção que a atitude do outro me cause, antes de dizer "francamente" o que penso. Se faço isto, é pelo desejo honesto de não causar mal( se um bem não puder fazer) e acima de tudo, porque sei que somos todos imperfeitos e, nem sempre conseguimos realizar nossa intenção de viver bem."
" Uma vez alguém me disse : - quando a gente está magoada, mesmo que tente disfarçar, se o outro percebe, porque nossa voz ou rosto nos traem e mostram, por um momento, uma emoção que o outro não reconhece o que é, então, podemos passar por cínicos e tudo que tentemos fazer de bom, não dará fruto- a pessoa não confiará na gente!"
" Pensei sobre isto! Imaginem se, por um pretenso desejo de ser "verdadeira e franca", eu tivesse dito tudo que sentia pra minha nora e filho ( como aliás já ouvi dela, por 2 vezes, e achei que lhe faltou tolerância). Com certeza, vocês diriam que não teria acumulado tanto, mas, por Deus, com os pequenos gestos causados pela displiscência de cuidados dos 2 jovens, eu teria sido então, mais chata do que já tive que ser, quando precisei falar sôbre coisas óbvias. Quando a pessoa percebe que a gente não está muito bem e não sabe o motivo, ao invés de exigir que sejamos  transparentes em nossos sentimentos, talvez devesse escolher entre uma pergunta sincera e interessada como: " Tá tudo bem?" e, então sim, "ficar na dela", se for o caso. Pois, as vezes, o que a gente percebe na expressão de alguém, pode não ter nada a ver conosco. Mesmo que tenha, o outro tem o direito de falar disto quando estiver pronto, ou se realmente a gente for o tipo de pessoa que perguntou o que o outro tinha e se importa com sua resposta! "
" Corro o risco de parecer cínica, por não demonstrar sempre meus sentimentos.Ora, sou muito crédula e, portanto, sensível. Posso evitar demonstrar tudo o que sinto para me proteger, algumas vezes, ou por saber que meu coração me fará pensar diferentemente, amanhã? ou por querer me dar um tempo, pra refletir e trabalhar o possível desta emoção, comigo mesma? ou por algumas vezes, saber de antemão que, ao tentar iniciar uma conversa franca,só atrairia agressividade, pois o outro não quer de verdade nossa franqueza ? Ora, todas as pessoas que tentam trabalhar suas emoções antes de vomitá-las, serão cínicas? Ou cínico é aquele que nos leva ao limite, com o intuito de provocar um desabafo "honesto"?!? ou ainda não dá ao outro o direito de reagir, como é possível, para ele? Ou é aquele que não acredita em ninguém e quer convencer o outro a pensar como ele, e então o pressiona quer ele reaja, quer não?" Cresci com um homem que dizia: "VIVA E DEIXE VIVER! "
" Cinismo, pra mim, seria "fingir" para levar vantagem, com o intuito de prejudicar o outro."
" Nem eu, nem minha nora estamos sendo cínicas. Ela exerceu seu direito, fez a escolha dela e a deixou bem clara pra mim. E eu tenho que trabalhar com o que isto me causou, sem prejudicá-la, mas  respeitando meus próprios limites. SERIA MUITO MAIS FÁCIL, pra todos nós, dizermos irresponsavelmente tudo o que sentimos a cada momento e agirmos desta forma também.Relevar, é mais difícil."
" Mas confesso que tenho culpa, porque exagero. Sou assim, tento melhorar no que posso, mas isto é uma convicção = refletir, antes de falar; dar ao outro, tempo para agir."
" Pra arrematar, me lembrei de outro dia quando fui franca, e falei de algo que não queria que ocorresse novamente, porque acabou por quebrar minha máquina de lavar. Adiantou ? Não. Gerou uma baita discussão e meu filho me disse que bastava eu ter falado antes! Mas eu já havia pedido, e explicado as razões, por 3 vezes!! Portanto, não é simples assim.
Acho que, as vezes, seria preciso não levar muito à sério mesmo, o que eles dizem ! Minha nora é jovem e não é necessário que ela mude seu jeito de ser. Apenas que possa ir amadurecendo independentemente de mim, na casa onde será livre, para fazer as coisas como escolher.Uma presença muda, dói mais do que uma ausência. E nós duas precisamos ter nossas próprias vidas de volta!"
" Compreendo que a intenção de meu filho, não foi má ,quando tentou "forçar um pouquinho' o que não ocorreu espontâneamente. Mas sabe a que conclusão chego, disto tudo? Se um filho( ou nora) ou ambos agem como adolescentes, querer levá-los à sério e com igualdade, causa muito stress. Pena que não tenho jeito pra sair  dando ordens e rindo, não me importando de ser chamada de chata, não é? Quando eu aprender, meus problemas serão resolvidos!  Mas até lá, gostaria de poder voltar a morar apenas com meu marido, e quando receber alguém, que seja porque veio para estar conosco! ( a não ser que eu vá morar com ela! brincadeira! aí estou sendo cínica, desculpem!)"
" Uma coisa é certa, esta carta pra desabafar me ajudou muito!"

terça-feira, 3 de novembro de 2009

" DESABAFO DE SOGRA- Parte II "

“ DESABAFO DE SOGRA – Parte II”
“ Escrevi uma carta pra meu filho, mas não entreguei ! Era pra que ele percebesse que tem logo que ir para o cantinho deles, se é que queremos salvar o que ainda podemos ter de bom no relacionamento.E sei que teremos bons momentos, se o caldo não entornar antes. Mas, meu outro filho e o marido me disseram pra ter um pouquinho mais de paciência... Fizemos tudo para não magoá-lo, já que é tão sensível. Mas e eu, e nós? "

" Depois de ouvir tudo o que ela tinha a desabafar, quando eu disse à minha nora que sua indiferença doía e que sentia falta de conversarmos, de sentir que minha presença era bem vinda, que podíamos fazer algo juntas, tocar violão, artesanato, assistir um filme a 4, sei lá... ela respondeu que não gostava dos filmes que eu assistia, que não saberia me dizer quando estaria disponível p/ o artesanato e que seu jeito de ser era mesmo assim : "gosto de ficar na minha"! Nunca esteve disponível pra nós, o que acabou causando um afastamento.”

“ Desde o início, também com os cunhados, quando começávamos a conversar com o filho, ela começava a batucar, ou falar alto, ou interrompia, visivelmente enciumada. Então, nós lhe dávamos mais atenção, porque deve ser difícil mesmo, estar no meio de familiares só do marido.Tudo ficava bem por um tempo. Assim que, um de nós, tinha uma opinião diferente ou contrária à do nosso filho, ela virava o tempo! Quando estava com raiva dos pais, ela emburrava, e já não sabíamos se era conosco ou, do que se tratava.Eles haviam vindo morar em nossa casa, mas o tempo passava e não se abriam para nós, até que eu mesma passei a não ficar mais na sala quando eles estavam assistindo um filme. Tínhamos receio de invadir... e começamos a nos sentir invadidos. Para evitar que ela se sentisse mal, acabei por me sentir “demais” em minha própria casa.”

“ Eu os avisei da rotina da minha funcionária doméstica, que trabalha apenas meio período e tem um dia reservado para cada coisa. Foi outra grande discussão,quando precisei lhes dizer que gostaria que eles, pelo menos no domingo, e na 2ª.f., evitassem trabalhar a noite toda e dormir pela manhã. Apenas 2 dias a funcionária teria que entrar p/ limpeza e lavar banheiro. Meu filho me disse que eu estava me incomodando mais com a casa, do que com as pessoas e que não estava demonstrando amor. Fiquei constrangida pela decepção de não estarem me vendo como uma pessoa com falhas, manias, mas também com muitas coisas boas. Mesmo assim, já que eu queria ajudar, eu tentava faze-lo por inteiro, e cedi em muitas coisas. Entretanto, o tempo passou e comecei a ficar cansada. A confiança, natural em mim, de que amanhã é sempre um novo dia e podemos faze-lo melhor que o anterior, foi cedendo também à realidade. Deus! Nem sempre precisamos tentar consertar as coisas! Não temos energia para isto, o tempo todo! Demorei para perceber que falhei por não encarar a realidade, da impossibilidade de vivermos juntas, numa boa, por mais que eu tentasse demonstrar amor. Meu marido perdeu a paciência e, às vezes, é ríspido com ela, o que ela parece estar pronta para revidar, na altura.”

“ Hoje, ela nem ouve quando eu ou meu marido fazemos alguma pergunta no escritório ou comentário com ela. Não responde, a menos que eu repita a pergunta - está alheia a nós! É evidente que não está cantando para deixar o ambiente mais alegre, pois a presença dela não tem alegrado ninguém!"

" Sabe o que parece? No início eu pensei que fosse falta de maturidade e experiência. Mas agora, vejo que é falta de respeito, educação e provocação! Só meu filho não vê! Talvez ele também estivesse tentando fazer tudo dar certo! E se via, no começo, e por isto brigavam, isto foi talvez o que ajudou a afastá-la mais ainda de nós, é claro! Aliás, estou numa situação delicada, porque eles brigam muito por conta do trabalho que fazem e não queria que ela dissesse amanhã,que fui eu a culpada, por alguma briga deles, então, tento aguentar e não aumentar o problema. Percebe?"

" Ela parece estar querendo provar a ele como nós não os aceitamos como são, e como somos injustos, então fica provocando situações, talvez com o desejo inconsciente(ou não) de serem "expulsos do paraíso" ( como criança que provoca até apanhar e depois sossega, enquanto a mãe fica sentindo-se culpada!) Que saco! Meu marido já não papas na língua. Já nos afastamos do filho, pois não queremos provocar o ciumes dela, nem magoá-lo. E eu agora, já estou meio aborrecida com ele também, pois, para o bem de todos, ele já devia ter percebido que era melhor sair logo de casa, procurarem um lar pra ela ter seu canto, sua vida - afinal, quem casa, quer casa! Já fiquei muito triste, deprimida, fui me afastando e ficando calada. Depois orei e melhorei. Quanto mais eu cedia, mais ela provocava. Era uma situação provisória, mas tá chegando no limite.”

" Eu só queria dizer pra ele, sem precisar explicar: " FILHO, TE AMAMOS ! E VOCÊ NOS AMA? ENTÃO, SAIA ENQUANTO ESTÁ TUDO BEM. ELA NÃO PRECISA MUDAR EM NADA. APENAS, NÓS TODOS PRECISAMOS DE UMA CHANCE. SAIA, POR FAVOR, ENQUANTO ESTÁ TUDO BEM !" Quem de vocês pode dizer que ouviria isto e não ficaria mortalmente ofendido? É sempre mais fácil dar palpite na vida dos outros, do que estar no lugar que estou, seguir o coração e dizer pra ele o que eu tinha vontade. Sabe porque não o faço? Porque sei que ele não vai me compreender, e vai ficar ofendido e se sentirá desprezado, por todos nós e tudo que demos por amor, não passará de um sonho apenas nosso. E seria uma pena! Ser mãe, é pra vida toda e não é fácil ser mãe de adultos! Nosso coração de mãe é o mesmo de quando os filhos eram pequeninos! Só que também deveríamos receber demonstrações de amor e carinho, mais vezes, não acha?"

" Tenho medo de não aguentar, por isto, ouvi seu conselho e estou aqui me desabafando. Quem sabe assim, fica menos impossível, apesar da atitude dela estar minando com todas as possibilidades. Será que é assim que ela pensa ser a melhor maneira de "agarrar e manter o seu homem? Por mostrar que só ela é confiável, e não a família dele?"

" Desculpe, por dizer tanto, mas precisava mesmo. Se contasse pela metade, sobraria pra "venenosa da sogra" ( como os preconceituosos diriam.) Ore por mim, amiga, pra que a melhor parte de mim prevalesça... aquela que acredita sempre que tudo vai passar, como se fosse apenas um remédio amargo que eu tive que engolir... "

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

" Desabafo de Sogra...Parte I "

" Desabafo de Sogra...Parte I "
NOSSA! Precisa de paciência, como eu tive, pra ler tudo, mas dá o que pensar!!!

"Amiga, SOCORRO,desta vez sou eu a desabafar !”
Você me conhece. Sou paciente,compreensiva,me coloco no lugar do outro, sou da paz. Acredito estarmos neste mundo pra viver com responsabilidade e aprender como ser melhores, como seres humanos e espirituais.Você sabe minha história -como sempre evitei fazer julgamentos ou acusações precipitadas. Mas olha,não quero ser santa e tô no meu limite!!"

"Este jeito de não dizer o que penso, pra evitar discussões ( e porque me esforço pra resolver problemas mudando a mim mesma,primeiro), este meu jeito de pensar com meus botões : Calma, isto não é tão importante, vai passar, o que importa mesmo é a harmonia da família, que você ama ! Bem,uma de minhas noras deve ter confundido com qualquer outra coisa e não está dando certo! Ela tá abusando ! "

" Você sabe que trabalho com números e conferência de valores, não? Mesmo que fosse c/ outra coisa, quando ela veio trabalhar na mesma sala( e também meu filho), achei que ia ser bom, por tem alguém jovem pra conversar de vez em quando( alegrar o ambiente, entende?). Não foi isto o que ocorreu. Desde o início, ela colocou um fone no ouvido( pior, quando pendura no ombro, pois aí a gente fica ouvindo a música) e ficava alheia a tudo que pudesse dizer respeito a mim( ou ao sogro)-só conversa com meu filho. Parece ciúmes de sogra, né? Puts! Se alguém me acusar disto levianamente, vou ter que me segurar, pra não socar! Algumas diriam: Sogra é cobra mesmo!(he,he..só brincando um pouco, viu?)"

" Não é isto amiga, juro! Agora sério, nunca tive este problema com as outras noras e torço pra que sejam felizes com os meninos, afinal, não os quero de volta e nunca os perdi, não é? Sempre serão meus filhos e elas, sempre serão a mulher mais importante da vida deles, agora e no futuro. É assim que tem que ser( foi o que eu disse a ela,p/ tranqüiliza-la, quando ela me disse que tinha ciúme de mim, porque meu filho falava muito a meu respeito). Se ele, ficou me citando como exemplo que ela devia seguir, ferrou-me sem o saber, né? Ou será que quis transformar melancia em abóbora? Cá pra nós, foi uma burrada dele. Mas, se foi isto, eu não tenho culpa. Eu a recebi bem, até dava razão pra ela, quando reclamava dele!"

" Um dia , no trabalho, eu disse a ela, com muito jeito que, como adoro música ,e estava ouvindo o som que ela estava escutando, minha mente se distraía e viajava com a música, então queria que ela diminuisse o volume, porque eu estava procurando uma diferença em valores que não conferiam, e não conseguia encontrar. Você sabe, aquele meu jeito de me explicar, pra pessoa não ficar chateada por eu estar interferindo na sua liberdade( depois que ela interferiu na minha). Sou meio covardona, ( não gosto de bater boca). Foi apenas assim, culpando a minha “fraqueza por música e minha mente distraída” que pedi a ela p/ diminuir o som.”

" Bem, ela reclamou. Ficou dias sem falar comigo.Dias depois,em casa, falou novamente no assunto, disse que eu a atrapalhava também ,quando falo números em voz alta. Parecia estar com isto engasgado e me disse coisas como: "você fala muito, disse que eu não devia colocar macarrão pra cozinhar com a água fria, quis me ensinar como usar a máquina,pensa que sabe tudo, ou que vou te respeitar só por causa da sua idade?" Falou de uma orientação que eu quis dar,com bom humor, como daria a minha filha ou outra nora. Pensei que era insegurança, mas eu a elogiava, sempre que podia! Meu filho e ela me disseram uma vez, que ela tinha tido uma “criação” diferente e que em sua casa as pessoas não se conversavam muito, não se cumprimentavam pela manhã, não se diziam boa noite, coisas assim. Tentei coloca-la de baixo da minha asa maternal, por um tempo, mas não deu."

“ Voltando ao escritório – eu não tinha coragem de dizer a ela que conversas, não me atrapalham, eu aguento . Mas música, é difícil! e alem disto, poxa, se fosse pra ouvir música,seria as que eu gosto! (e não no trabalho, né?)”

" Reconheci que eu estava carente por uma filha ou presença feminina pra trocar idéias, e que isto pode ter-lhe parecido simples interferência, quando era desejo de participar. Pedi desculpas. Prometi melhorar, embora esperasse que ela reconhecesse que, falo números em voz muito baixa e o faço só quando uma diferença está dificil de localizar, em meio a conversa e barulho que eles fazem! Acho que foi aí que errei, porque hoje vejo, que ela não tinha maturidade para reconhecer coisa alguma! todos a desculpamos,no início -seu jeito birrento e indiferente a nós. Desculpamos porque amamos o marido dela e queríamos amá-la também. Ela havia brigado com os pais, e queríamos abraça-la em nossa família. Podia ser insegurança, imaturidade e desculpamos. Só que, o tempo passou e vejo nela muita força agora e acho que talvez, este seja seu jeito de conseguir o que quer.Como eu não queria lutar com ela, por terreno nenhum, e para evitar discussões com o filho, deixamos pra lá."

"Depois de ter provocado discussões em casa e eu ter calado o que pude calar( apesar de sua falta de respeito com todos), hoje, ela não só ouve, mas CANTA, todos os dias, o tempo todo e eu tenho que aguentar(meio período que ela trabalha ao meu lado). Quero esclarecer que ela não trabalha pra mim, mas para o marido e pra si. Para meu filho, naturalmente pode parecer que ela só está fazendo o que sempre fez, ouvir música. Eu também adoro música, mas há lugar pra tudo. Quando chega algum homem de fora,ela pára. Só então, ela acha que atrapalha? Eu e ela sabemos que não se trata só disto. Parece que há uma luta entre nós, pra ver quem vai ceder primeiro, a cada vez. Não sei, sinceramente como não percebi antes, que o meu "falar números" NÃO PODERIA tê-la atrapalhado,uma vez que ela está sempre com o fone no ouvido cheio dos sons que ouve no rádio ou das conversas que tem sôbre o trabalho deles."
 
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